O Instituto C&A é concebido como uma organização global, movido pela convicção de que a indústria do vestuário pode ser sustentável e que cada pessoa que trabalha nela pode prosperar. Durante todo o ano de 2014 investimos €29 milhões em 26 iniciativas e quatro iniciativas multissetoriais.

Desencadeada pelo desmoronamento do Rana Plaza e pela morte de pelo menos 1100 trabalhadoras e trabalhadores no setor de vestuário, o Fashion Revolution lança uma campanha por uma indústria da moda limpa, segura, justa, transparente e responsável, encorajando as pessoas a perguntar #WhoMadeMyClothes (quem fez minhas roupas). A campanha atinge centenas de milhões de pessoas nas redes sociais, com equipes locais de voluntários em 93 países. 

Em Bangladesh, o Acordo sobre Incêndio e Segurança de Edifícios divulga informações sobre incêndios, eletricidade e segurança de edifícios de 2300 fábricas - um marco para a transparência no setor.

O Instituto C&A global une sua estratégia com as missões do Instituto C&A no Brasil e a Fundación C&A no México, aliados internacionais em nosso trabalho para transformar a moda em uma força para o bem. A colaboração se baseia nas profundas experiências tanto do Instituto quanto da Fundación, fundados em 1991 e 1999, respectivamente. 

Conduzimos parcerias para aumentar a transparência e a responsabilidade na indústria do vestuário. Investimos na Better Buying, uma iniciativa que trabalha com fornecedores para avaliar as práticas de compra de marcas, a fim de melhorar práticas empresariais e a proteção de trabalhadoras e trabalhadores. Estabelecemos uma parceria com a Universidade BRAC e BGMEA para lançar uma iniciativa baseada no censo, para mapear todo o setor de confecções de roupas em Bangladesh. Além disso, trabalhamos com a GoodWeave International para conduzir sua metodologia (no setor de tapetes) para eliminar o trabalho infantil nas cadeias de suprimento de vestuário informal da Índia. Cinco anos depois, a Better Buying classificou 71 marcas, 2526 fábricas foram incluídas na versão disponível ao público da Mapped em Bangladesh e a GoodWeave se envolveu com cinco marcas no setor de trabalhadores domésticos.

Convocada pelo Forum for the Future, a plataforma Cotton 2040 foi criada para acelerar o progresso das iniciativas existentes para o algodão sustentável, reunindo as principais marcas e varejistas internacionais, padrões de algodão sustentável e outras partes interessadas em toda a cadeia de valor. Em 2018, a iniciativa intersetorial lança o Guia CottonUp, um recurso prático para o fornecimento de algodão orgânico. A plataforma continua crescendo, obtendo maior investimento das marcas ao focar seu trabalho na adaptação climática, no fornecimento sustentável e em novos modelos de negócio.

O primeiro acordo global e juridicamente vinculativo sobre alterações climáticas estabelece um cenário para limitação do aquecimento global em menos 2 °C e busca esforços para limitá-lo em 1,5 °C.

Lançamos nossa primeira Pesquisa de Percepção de Parceiros, identificando duas áreas-chave para melhoria: a transparência e eficiência de nossos processos, e a qualidade das relações com nossos parceiros. Marcamos nosso progresso com uma segunda pesquisa, em 2019. 

Parcerias com a Aga Khan Foundation e a Action for Social Advancement ajudam a acelerar o renascimento do algodão orgânico na Índia, com mais de 25.000 agricultores se convertendo desde 2015. No Brasil, o quarto maior produtor mundial de algodão, lançamos uma parceria com a ESPLAR para promover práticas agroecológicas, capacitar as mulheres e aumentar a produção de algodão orgânico. De acordo com um relatório da Bolsa Têxtil, liderada pela iniciativa, a produção de algodão orgânico aumenta 16% em 2018.

Estabelecemos uma parceria com a Thomson Reuters Foundation para criar o primeiro balcão de notícias dedicado a reportagens locais sobre trabalho forçado e tráfico humano no sul da Ásia, aumentando a conscientização sobre uma questão pouco relatada e mal compreendida. A contribuição de 2015-17 é frutífera: em 2016, 494 artigos correspondem a 4,7% de todas as conversas globais sobre o tema, e a parceria continua a garantir uma maior cobertura do assunto.

Nosso programa Trabalho Forçado tem início no México. Atuamos junto a REDIM para encorajar a conscientização sobre o trabalho infantil no estado de Guanajuato. Em 2019, a REDIM ajuda a fortalecer a lei estadual de Proteção de crianças e adolescentes. 

No Brasil, 25% dos migrantes trabalham no setor da moda, muitos em condições de trabalho análogo ao escravo, com direitos severamente reduzidos. Temos uma parceria com a Missão Paz para apoiar a aprovação de legislação que garante aos migrantes direitos iguais aos dos brasileiros. Seu Centro de Estudos Migratórios trabalha para publicar conhecimento sobre o assunto, ganhar presença na mídia e regularizar a documentação necessária para os migrantes, ajudando a Missão Paz a defender melhorias nas políticas públicas.

O Parlamento da UE reconhece a necessidade de tornar transparentes os impactos sociais e ambientais de toda a cadeia produtiva e sugere reformas para as cadeias globais. No mesmo ano - influenciado pela Lei da Escravatura do Reino Unido de 2015 - o Parlamento da Austrália inicia um inquérito sobre a escravidão moderna que abre caminho para a Lei da Escravatura Moderna, enquanto a Assembleia Nacional francesa adota uma lei corporativa de Dever de Vigilância. 

Na parceria com a #InspiringWorldCampaign, a C&A e o Instituto C&A vencem o Employee Engagement Award em responsabilidade social. A campanha anual incentiva os colaboradores a compartilhar histórias inspiradoras e a angariar fundos para caridade, envolvendo mais de 32.000 colaboradores e captando €2.890.893 para 87 organizações.

Para combater as causas fundamentais da discriminação e exclusão e enfrentar os impactos do preconceito sobre nossos colegas, parceiros e constituintes, o Instituto C&A compromete-se publicamente a institucionalizar a avaliação e comunicação de nossas políticas, práticas, concessão de subsídios e abordagens internas.

O The Fashion for Good Experience, o primeiro museu do mundo dedicado à inovação na área de moda sustentável é inaugurado em Amsterdam. No primeiro ano, mais de 53.000 visitantes se viram envolvidos pela experiência dedicada a inspirar e educar as pessoas sobre moda sustentável e como elas podem criar um impacto positivo. Você pode se juntar à jornada do Fashion for Good aqui.

A ativista de 15 anos de idade, Greta Thunberg, abandona a escola para protestar contra a falta de ação do governo sueco com relação à mudança climática, inspirando uma geração de jovens e dando início a um movimento internacional.

O Instituto recebe o prêmio #OpenForGood, concedido pela Candid (resultado de uma fusão entre o Foundation Center e a GuideStar) pelo compromisso com o compartilhamento transparente de nossas avaliações, fracassos, lições aprendidas e resultados.

Em cooperação com especialistas em sustentabilidade e moda, é lançado o relatório O Futuro da Sustentabilidade na Indústria da Moda. O relatório traça 14 estratégias para a sustentabilidade no setor, avaliando e classificando cada uma delas pelo seu potencial impacto e período de tempo. Especialistas pintam um futuro sombrio para a indústria da moda, caso esta continue em sua atual trajetória, mas concordam que, com coragem, comprometimento e intervenções estratégicas, é possível desenvolver um setor sustentável dentro de 16 anos. 

Apoiada pelo Instituto C&A, a Ex'tax Project Foundation publica um estudo de caso sobre Bangladesh, mostrando que a reforma tributária poderia impulsionar o PIB e os investimentos públicos, ao mesmo tempo em que diminuiria a poluição. A iniciativa mostra como uma política fiscal ousada pode incentivar melhorias sociais e ambientais de forma significativa.

A Fashion for Good inicia o pioneiro Piloto de Rastreabilidade do Algodão Orgânico, combinando marcadores no produto e tecnologia blockchain para testar a rastreabilidade do algodão orgânico da fazenda ao consumidor - uma novidade na indústria do vestuário. A colaboração de múltiplas partes interessadas desempenha um papel importante em seu sucesso, com parceiros como Instituto C&A, PVH Corp., Organic Cotton Accelerator, Kering, Zalando e BEXT360 como um parceiro técnico líder.

A Conferência Internacional do Trabalho votou por adotar uma nova Convenção e Recomendação da ILO (International Labour Organization) para abordar a violência e assédio no ambiente de trabalho. Esta é uma clara mensagem de que ninguém, independente de seu status contratual, deve ser sujeitado a qualquer tipo de violência ou assédio em seu local de trabalho. Junto com outras quatro organizações filantrópicas, o Instituto C&A endossa a declaração como parte de nosso compromisso de um futuro com trabalho justo. [HYPERLINK]

No fim de 2019, a doença causada pelo novo Coronavírus é identificada em Wuhan, na China, e rapidamente torna-se uma pandemia global. Até maio de 2020, mais de 4,3 milhões de casos haviam sido reportados mundialmente. O vírus muda a vida cotidiana em todos os lugares e impacta todo tipo de indústria, incluindo a de vestuário.

A temperatura média global é de 14,8 °C, a maior em dezenas de milhares de anos. Há 600 milhões de pessoas vivendo em pobreza ao redor do mundo e a desigualdade é cada vez mais profunda. Os líderes mundiais se reúnem no Fórum Econômico Mundial 2020 para discutir o “Capitalismo de partes interessadas: um manifesto para um mundo coeso e sustentável.